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UM GOSTINHO DA HISTÓRIA...

  • maridasx8
  • 30 de jan. de 2017
  • 2 min de leitura

"OK, já está na hora. Abro cuidadosamente uma fresta da porta do quarto e olho discretamente, procurando por algum sinal dos guardas no corredor. Assim como o previsto, nenhum dos homens se encontra na ronda, deixando o caminho livre para a minha fuga.Pego o candelabro na estante ao lado da minha cama e saio do quarto, fechando a porta e evitando qualquer barulho.

Sozinha no corredor escuro iluminado apenas pela luz tenebrosa da minha única vela, sigo meio correndo meio andando até as escadas em espiral, congelando até mesmo com o barulho dos meus próprios sapatos batendo no chão e com as sobras que a chama tremeluzente da vela criavam sobre a minha silhueta. Meus pés me guiam sozinhos, como se estivessem sendo puxados por uma corda no labirinto de corredores do castelo, o castelo que eu conheço como a palma da minha mão.

As saias longas do meu vestido de cetim me impedem de andar mais rápido, e mesmo se não fosse por elas, o corpete sufocante me apertando as costelas seria o bastante para me impedir de ir mais rápido. Droga de etiqueta que não permite que as donzelas usem calças e blusões como os homens! Mas a culpa deste desconforto pode ser descontada em mim, sendo que não me dei ao trabalho de colocar a camisola de seda hoje antes de sair.

Um ruído no canto do salão de entrada me faz congelar no lugar onde estou, não me permitindo dar mais um passo sequer para me esconder. "Me pegaram", penso aflita, "É agora que me pegaram e vão me levar ao meu tio..."Um alívio imensurável se apoderou de mim quando me toquei de que não era ninguém, somente Beethoven, o gato de Lora. Seus olhos de espelho brilham com desdém à luz da vela e ele se vai, correndo pelas escadas.

- Gato idiota... - resmungo enquanto volto a correr para a entrada dos criados.

Saio do castelo, sentindo o vento frio da noite inglesa assoprar o xale turquesa dos meus ombros. Fios soltos do meu coque de tranças chicoteiam o meu rosto e o cheiro doce do ar indica que uma chuva estrondosa está por vir. Sigo correndo até a única fonte de luz local: os estábulos. Logo que chego a poucos metros do estabelecimento sinto o cheiro familiar de pelo molhado, esterco de cavalo e palha que provém dos estábulos.

A portinhola de madeira semi-aberta dá passagem para a luz oscilante dos candelabros das paredes e range quando eu a empurro delicadamente, anunciando a minha entrada para a figura alta que se encontra no meio do estabelecimento."

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Então gente, como primeiro post do blog, eu acho justo termos uma prévia do primeiro capítulo da história! A próxima postagem vai ter o capítulo inteiro, mas quem estiver curioso demais já poder ir em http://my.w.tt/UiNb/ZC3CyrPLkA e conferir até o Capítulo 3 de "Paixão e Obrigação". Até a próxima!


 
 
 

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